- Ah, Wuaira Cécile, quando te vi naquele vestido vermelho fiquei tonto!
- Tonto no sentido mais amplo da palavra: zonzo, aturdido, estonteado, atordoado, azoinado, zoina, idiota, aloucado... embriagado!
- Tomei logo 2 cachaças duplas e fiquei te olhando atravessar a rua.
- Falei alto, pra todo mundo escutar: aquela mulher já foi minha!
- Os olhos, o nariz, a boca, a língua, os seios, o coração, as mãos, o umbigo, as coxas, a bonitinha, a bundinha, o bonitinho, as pernas, os pezinhos... tudo meu!
- E continuei: me alimentei do desejo daquela boca, deslizei a língua naquela língua, me afoguei nas lágrimas daqueles olhos, chafurdei no meio daquelas pernas, me acabei na loucura daquela bundinha... me queimei no fogo daquele vulcão.
- E tomei mais 2 cachaças duplas.
- E me silenciei quando você dobrou a esquina.
- E mais 2 cachaças duplas.
- E, na minha cabeça, Wuaira, o vestido vermelho machucava as lembranças, vermelhava o pensamento.
- Pedi mais 2 cachaças e segredei ao garçom a necessidade de uma dose de veneno.
- E engoli as cachaças a seco, sem respirar.
- E a sua imagem se diluiu na névoa da minha apaixonada embriaguez.
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(Fonte: Texto - Autoria de TõeRoberto)
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- Ah, Valdecira Juliane, para acalentar seu coração, em sinal de paz, trouxe-lhe uma rosa branca!
- Não está mais aqui quem chamou-lhe vaca.
- E perdôo-lhe pelo "fracassado".
- Que caralho tá havendo com as pessoas que ninguém mais se respeita?
- O amor nasce morto?
- Vende-se o amor nas prateleiras das lojas?
- Não pegamos mais na mão, não damos beijos de chegada, de partida... beijos de boa-noite!
- Não contamos mais estrelas, não elogiamos mais a lua... esquecemos os pores-do-sol!
- Não falamos mais "meu amor", "meu querido", minha querida"!
- Somos apenas pessoas tentando sobreviver diplomaticamente com nossos pares?
- O que vier é lucro?
- O resto é que se foda?
- Eu, Valdecira, quero confessar-lhe uma coisa: quero-lhe muitíssimo bem e tenho o maior prazer em ser seu companheiro... pro que der e vier!
- Mas não quero mais dormir com a faca embaixo do travesseiro.
- Nem fazer boletim de ocorrência em delegacia.
- Nem arrumar mala pra ir embora pelo menos 1 vez por mês.
- Eu peço arrego e vou hastear a bandeira branca no topo do meu coração cansado.
- E, esta noite, vou dormir com os 2 olhos bem fechados.
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(Fonte: Texto - Autoria de TõeRoberto)
Post in Jampa/PB
- Ah, Ubelize Simone, eu queria ter 3 corações para lidar com a sua carência mórbida!
- Um poço sem fundo é o que você é.
- Nem palavras, nem gestos, nem silêncio... nada preenche a sua imensa necessidade de querer sempre mais.
- E mais, e mais, e mais!...
- Como uma terra seca, ávida por água, você foi sugando tudo ao seu redor.
- E foi desertificando o meu coração... o único que eu tinha.
- E estou exaurido!
- Não tenho mais de onde tirar sentimentos, olhares e afagos que lhe agradem.
- Não tenho mais como fazer você sorrir nem como fazer você me amar.
- Sou um homem de 1/2 idade, Ubelize, vazio de afeto!
- E não vejo mais sentido na sua tristeza invencível.
- No seu "você me ama?" sem sal.
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(Fonte: Texto - Autoria de TõeRoberto)
Post in Jampa/PB
- Ah, Tiburciane Valéria, a coisa anda feia!
- Tô aqui a 4532 kms de distância de você e não há nada que eu faça que amenize o meu desespero.
- O hábito de dormir com a perna entre as suas pernas, com a cabeça nos seus seios, com a mão no seu vulcãozinho nervoso me tira o sono.
- Me dá olheiras e dores no braço tamanha a quantidade de punhetas que eu ando dedicando a você.
- E me dói a cabeça!
- Porque sei que você não é como eu e não fica perdendo tempo com estas porcariadas de sexo virtual.
- E parte logo pros finalmentes.
- E mata as suas saudades de mim nos braços de quem quer que seja.
- E grita o meu nome pra amenizar a culpa.
- E continuar no dia seguinte, e no seguinte, e no seguinte...
- E eu, Tiburciane, aqui do alto da minha erótica solidão - e com os cornos doendo - abraço a sua fotografia e sonho que sou eu que estou no meio das suas pernas, com a cabeça nos seus seios, com o pau no seu vulcãozinho nervoso!
- E gemo o seu nome no silêncio da madrugada.
- Me encolho feito uma veadinho acuado.
- E ainda agradeço por você existir!
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(Fonte: Texto - Autoria de TõeRoberto)
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- Ah, Setembrina Abril, existe alguma coisa nova no ar!
- Suas asas estão cada vez mais leves.
- As minhas cada vez mais pesadas.
- Minha voz já não é mais tão ativa.
- E sinto que a minha presença não é mais tão importante.
- O que se passa?
- Não estou acostumado com mulheres autônomas... decididas!
- O que fazemos agora?
- Fico por baixo ou por cima?
- Faço o jantar ou cuido das crianças?
- Parece, Setembrina, que o meu mundo está desabando.
- Sou um rei sem súditos!
- Um rei fragilizado com uma panela da Tramontina nas mãos.
- Uma máquina da Brastemp cheia de roupas pra lavar.
- E com uma saudade danada do meu amorzinho de sempre.
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(Fonte: Texto - Autoria de TõeRoberto)
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- Ah, Rithelma Lavina, você é a minha flor!
- Minha queijadinha.
- O meu amor.
- O meu frisson.
- Mas Augusto João não pensa assim.
- Tô sabendo!
- O corno tá desconfiado!
- Deu de beber!
- De falar merda!
- Anda dizendo: mato um!
- Tomara que cometa suicídio!
- Tô desesperado!
- Porque você, Rithelma, é a medida exata da minha paixão.
- A flor metafórica do meu tesão.
- O espinho afiado da minha consumição.
- E se eu tiver que morrer, eu morro.
- E se eu tiver que matar, eu mato.
- E se eu tiver que sofrer, eu sofro.
- E seu eu tiver que esperar, eu espero.
- E não tô nem aí pra merda nenhuma.
- Tô cego, surdo e mudo.
- E na minha cabeça só você.
- E uma vontade danada de dar uma porrada em Augusto João pra ele deixar de ser besta.
- E sair do meu caminho!
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(Fonte: Texto - Autoria de TõeRoberto)
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- Ah, Querência Lisbela, mágoas são como enxaquecas!
- Às vezes doem, às vezes não!
- Mas estão lá!
- Basta alimentá-las!
- Uma lembrança, um chocolate, uma palavra, uma salsicha... um isso, um aquilo.
- E explodem!
- E jogam na vala das fragilidades a auto-estima dos fortes, dos carentes, dos rejeitados, dos chorões de carteirinha, e dos que não vivem sem dores.
- E machucam os que se sentem injustiçados.
- E espancam os mal-amados e os eternos sofredores.
- E são muito bem definidas.
- Enxaquecas são dores amorfas: só doem!
- Mágoas são dores vivas: doem e gritam!
- E pulam, e choram e esperneiam e, às vezes, Querência, na calada da noite, sacam a navalha e partem pro revide!
- E cortam a garganta de quem as fabricou.
- E os próprios pulsos num impulso irresistível.
- E se vão com a alma lavada... com um sorriso levezinho nos lábios.
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(Fonte: Texto - Autoria de TõeRoberto)
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- Ah, Polialma Florina, nosso amor não tem mais aderência!
- Melancolia! Melancolia! Melancolia!
- Padeço de mortal melancolia na turbulência diária da nossa incompatibilidade.
- O furor das palavras, os olhares, as portas trancadas, a louça quebrada, os hematomas...
- E penso: pulo do barco, me debato nas águas revoltas das conseqüências e, com sorte, recompanho a minha vida.
- Com a cueca no corpo... que é o que resta da minha dignidade.
- Ou, Polialma, espero você dormir, fecho a casa, escrevo um poema, abro uma cerveja, ligo o gás, apago a luz, acendo um cigarro...
- E te encontro no inferno!
- Que é o lugar mais adequando para curtimos o nosso amorzinho infernal.
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(Fonte: Texto - Autoria de TõeRoberto)
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- Ah, Olindina Crécia, quantas palavras seriam necessárias para apaziguar o seu coração desiludido?
- Quais palavras?
- Que idioma?
- Que sotaque?
- Na orelha ou no espaço?
- À queima-roupa?
- De manhã?
- À tarde?
- À noite?
- Fortes ou suaves? Lentas ou rápidas? Românticas ou realistas? Emotivas ou racionais? Sérias ou alegres?
- O que faço?
- O que falo, Olindina, para tirar do fundo do seu peito triste um fiapo de esperança?
- Um abraço!
- Um sorriso!
- Um beijo na boca!
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(Fonte: Texto - Autoria de TõeRoberto)
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- Ah, Nayelle Amana, sua ausência me cansa!
- Portas, janelas, telefone, e-mails, MSN, Orkut, bilhetes, telegramas, pombos-correio... sinais de fumaça.
- Vigio incansavelmente, dia e noite, todas as possibilidades de chegar até você.
- E suo frio, não durmo, não como, não penso... não trabalho!
- Você! Você! Você!
- Um martelo enorme dentro da minha cabeça!
- Um vazio!
- Uma saudade do seu cheiro!
- Uma ausência de vida, Nayelle, a cada amanhecer!
- Uma agonia!
- Um despeito!
- Um cansaço!
- Uma vontade de você!!!
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(Fonte: Texto - Autoria de TõeRoberto)
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- Ah, Miruela Celita, eu vou lhe dar uma porrada que é pra você ficar esperta!
- Basta eu virar as costas pra você virar o cão.
- o cão não, uma cadela!
- Maquiagem, luzes, decote, minissaia... aquele seu sorriso sem-vergonha na cara.
- E rua!
- Pra baixo e pra cima com aquele seu ar de provocação, de oferecida, que eu conheço bem.
- Não passa nem perto daquela mulher recatada que vai comigo à missa aos domingos.
- Que só faz papai-e-mamãe.
- E nem faz um boquete decente.
- O que tá rolando, minha filha?
- Eu só tenho cara de corno?
- Ou sou!
- Eu vou lhe dar um ultimato: ou você toma jeito ou eu dou um jeito em você!
- Você, Miruela, é mulher e não entende estas coisas de virilidade, de auto-afirmação... de imagem!
- Você tá querendo queimar o meu filme?
- Eu lhe dou uma porrada bem no olho que é pra todo mundo ver que eu sou macho pra caralho.
- E tenho colhões!
- E estão revogadas as disposições em contrário!
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(Fonte: Texto - Autoria de TõeRoberto)
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- Ah, Kalira Rose, impossível recompor a nossa história!
- Bem que eu gostaria!
- Mas casais são fontes de mágoas, rancores... coisas mal resolvidas.
- Casais são aves caseiras.
- Perderam a capacidade de vôo.
- Casais são como répteis.
- Só se falam, de verdade, nas furnas do enfrentamento.
- Nos diários julgamentos das culpas.
- Na dor.
- Eu queria esquecer tudo.
- E queria recompor um pedacinho que fosse da nossa atribulada vida - coisas simples: a mão na mão, os olhos nos olhos, a palavra de carinho, os abraços ternos, os beijos ardentes... a libertina delícia dos nossos corpos em chama.
- Aquele nosso ficar deitados juntinhos, quietinhos observando pacientemente, à noite, a solidão das nossas vidas ir-se embora pela fresta da janela.
- Eu queria, Kalira, apagar os nossos erros e plantar em nossos olhos um brilho de felicidade!
- Uma pisca de consentimento!
- Um perdão!
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(Fonte: Texto - Autoria de TõeRoberto)
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- Ah, Liscívia Maysa, desde que te conheci fiquei encantado.
- Na minha cabeça: linda, maravilhosa, cabeça, uau, ímpar, segura, independente, etc, etc, etc...
- Na minha poesia: flor/amor//rosa/amorosa//paixão/coração//idolatrada/amada, etc/etc/etc...
- No meu dia-a-dia: 6 horas/saudade, 10 horas/falta, 14 horas/demora, 18 horas/agora.
- À noite: vira, revira, desvira, pau/pau/pau, sua, deita, levanta, pau/pau/pau, dorme, acorda, dorme, acorda, pau/pau/pau, pelada, pelada, pelada, pau/pau/pau, banho, banho, banho, pau/pau/pau.
- De manhã: zumbi.
- E saio pra rua, você a tiracolo, cheio de rompante, orgulho... importante.
- E os amigos, bem eu não entendi qual é a dos meus amigos.
- Me perguntaram se você é o amorzinho que eu tenho cantado em verso e prosa.
- Se é o amorzinho Deus no céu, o amorzinho na terra.
- Respondi que sim.
- Um olhou para o outro... surpresos.
- Pareciam que não sabiam do que eu estava falando.
- Vai ver não conseguiram captar com os meus olhos a sua beleza interior.
- Nem os seus peitos miúdos, a sua bundinha fantástica. a sua boca promíscua e as suas coxas...
- Ah, as coxas, Liscívia!
- É aí que eles não enxergam!
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(Fonte: Texto - Autoria de TõeRoberto)
Post in Jampa/PB
- Ah, Javiéne Darlise, um silêncio vale mais que 1000 palavras.
- Eu sei porque já pratiquei muitos silêncios.
- Já fiz grandes discursos de silêncios e arranquei lágrimas de dor, desespero... e angústia.
- Como agora.
- Você no palanque da sua arrogância empunhando um silêncio afiado.
- Eu, ajoelhado a seus pés - capacho - com a sua calcinha na mão, olhando esfomeado a sua melhor porção.
- E você, oradora hábil, afasta com três olhares de silêncio a minha tentativa inútil de ter você nos meus braços.
- E no seu 30º dia de silêncio sou apenas um homem queimando em febre.
- Perfurado no corpo e na alma pelas farpas do seu silêncio homicida.
- Que se acaba, Javiéne, nas noites de solidão sem fim em 1000 punhetas desaforadas.
- E um sofrerzinho de abandono.
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(Fonte: Texto - Autoria de TõeRoberto)
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- Ah, Ikelda Líria, dizem que o amor é cego!
- Mentira!
- Cega é a paixão!
- Que depois que começa a enxergar vira amor.
- Que depois vira palavras.
- Que depois vira afeto.
- Que depois vira amigo.
- Que depois vira irmão.
- Ah, Ikelda, a grande prova do que estou falando é você!
- Você é uma irmã maravilhosa!
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(Fonte: Texto - Autoria de TõeRoberto)
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- Ah, Habelle Laís, eu não posso dizer que sou feliz nem infeliz!
- Sou assim como você: 1/2 que de lua!
- Vou daqui, vou dali, chio, calo, deprimo, angustio, rio, choro, bato o pau na mesa, arranco os cabelos... palavrões, bravatas, gritos.
- Estas coisas de gente casada... 1 dia eu, outro você.
- Estes atos falhos de pessoas que viveram outras vidas, outras verdades... e esqueceram como era bom.
- Aos trancos e barrancos, como você, vou cumprindo o meu papel... a meio pau.
- Danço conforme a valsa, durmo conforme a noite, como conforme a prato, vivo conforme o humor e te amo conforme a hora.
- De novo?
- É você estar aprendendo espanhol e ter internacionalizado o nosso velho e adorável ranço.
- Agora, Habelle, sou cantado em verso e prosa em 2 línguas: "babaca", "hijo de su madre", "cachorro", "cabrón", "palhaço", "inútil", "maricón", "fracassado", "tonto", "safado", "bastardo", "folgado", "hijo de puta".
- E, como você, entra por aqui, sai por ali!
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(Fonte: Texto - Autoria de TõeRoberto)
Post in Jampa/PB
- Ah, Gilma Elisa, bom mesmo era nos tempos em que éramos lagartixas!
- Que deslizávamos pela cama, pelo chão, subíamos pelas paredes e grudávamos no teto, por horas e horas, um enrolado no outro, num encantamento libidinoso.
- E descíamos novamente pelas paredes, e começávamos de novo, e saíamos do quarto, rolávamos pelas escadas, engatinhávamos pelas ruas, e amanhecíamos - simbiose humana - nos braços do sol que nascia no horizonte das nossas vidas libertas.
- E, naqueles tempos, perdíamos partes e partes e elas teimosamente renasciam num eterno doer e desdoer.
- E éramos plenos!
- E não éramos sós!
- Éramos nós!
- Éramos dois agrupados num só corpo, numa só alma, num só ritual.
- O ritual puro e belo da vida... a liberdade sem fronteiras.
- O amor sem hora pra sair, sem hora pra chegar.
- O amor que ama, respeita, multiplica... soma!
- O amor, Gilma, que gostava de ser feliz... e deixava ser feliz.
- E era!
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(Fonte: Texto - Autoria de TõeRoberto)
Post in Jampa/PB
- Ah, Famélia Bianca, eu vou rasgar o verbo!
- Chega de enrolação!
- Mulher, você pensa que eu não saco qual é a sua?
- Deixa de ser dissimulada, cara-de-pau, sacana!
- Você é o antro do fingimento!
- Você é a maior artista que eu conheci até hoje.
- Você, nos últimos 5 anos simulou - contados na ponta dos dedos - 4533 orgasmos e me culpou pelos outros 1239 que você simulou não ter.
- Mas e com Leviano Augusto, como é que é?
- Pensa que eu também não estou sabendo?
- Com você, Famélia, a partir de hoje, só por trás... 3 vezes ao dia!
- Não é o que você gosta de fazer comigo?
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(Fonte: Texto - Autoria de TõeRoberto)
Post in Jampa/PB
- Ah, Elizerna Cristiane, falar nós falamos até pelos cotovelos!
- Precisamos aprender a conversar.
- Em matéria de agressão somos hors concours.
- Em comunicação estamos na idade da pedra.
- Somos como crianças disputando 1 doce.
- Dois animais lutando pela caça.
- Somos amores equilibrando no fio da navalha.
- Vamos, Elizerna, primeiro aprender pontuação: eu falo, você ouve; você fala, eu ouço... e ponto final!
- Daí é só uma questão "de aprender a respirar".
- E a engolir, em goles suaves, os espinhos das palavras ácidas.
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(Fonte: Texto - Autoria de TõeRoberto)
Post in Jampa/PB
- Ah, Desdêmora Lísia, por 20 anos andei à sua procura!
- Subi montanhas, desci rios, naveguei por 7 mares... fiz promessas.
- E solitário atravessei todos os desertos da alma.
- E quebrei todas as pedras do mundo.
- E culpei Deus pela minha tristeza.
- E você, Desdêmora, sempre esteve no lugar de sempre!
- À minha frente, de braços abertos, o coração na mão...
- Implorando desesperadamente o amor do seu amor cego.
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(Fonte: Texto - Autoria de TõeRoberto)
Post in Jampa/PB
- Ah, Cristálida Luz, amor é olho no olho!
- Silêncio!
- Um leve ausentar-se do instante.
- Uma simbiose de auras.
- Um não ter palavras já que todas foram ditas.
- Amor, Cristálida, é só olho no olho!
- O resto é apenas a dor residual do que se pensou amar.
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(Fonte: Texto - Autoria de TõeRoberto)
Post in Jampa/PB
- Ah, Benécia Fátima, você sabe que depois de 3 ou 4 copos eu não me responsabilizo pelos meus atos!
- Eu viro o bicho!
- Falo, giro, agito, danço, saracoteio, brigo... faço merda pra caralho!
- Então não me enche o saco que eu não sabia o que estava fazendo.
- O fato de eu ter dado um beijo na boca de Marlete Alvina não justifica os seus atos.
- Quem beijou Marlete Alvina não fui eu!
- Foram as 12 Brahmas que eu tomei na Barraca do Pé na Areia.
- Então, Benécia, abaixa a crista, veste um vestido bem bonito e vamos pra Barraca do Catolé dançar O Peba na Pimenta até dar bolhas nos pés.
- Depois eu levo você pra comer um Picado de Bode na Barraca da Pracinha.
- E lhe dou um agradinho que eu comprei pra lhe agradar.
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(Fonte: Texto - Autoria de TõeRoberto)
Post in Jampa/PB
- Ah, Aléxia Pauletti, imagina um mundo onde existisse só eu e você!
- Ninguém pra você ter ciúmes.
- Pra você desconfiar.
- Pra você se encarnar.
- Aí, sim, nós seríamos felizes pra sempre!
- Isto se não existissem os seus sonhos!
- Onde estou sempre pronto pra cair nos braços da outra.
- Pra beijar a boca da outra.
- Ser o amor da outra.
- Esses seus sonhos, Aléxia, meus verdadeiros pesadelos quando amanhece o dia!
- Quando, na ponta da sua língua, eu pago - a peso de palavras duras - todas as minhas traições noturnas.
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(Fonte: Texto - Autoria de TõeRoberto)
Post in Jampa/PB
- Ah, Zileina Rylka, quem é você?
- Que chegou, bagunçou a minha vida e me abandonou como um cachorro sem dono.
- O que é você?
- Uma bruxa?
- O que faz você?
- A ira de todos os amores que sacrifiquei?
- A essência metafórica da minha eterna culpa?
- O meu remorso?
- Piedade, Zileina, que de mim só sobrou o seu nome!
- Que mora absoluto na minha boca insana!
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(Fonte: Texto - Autoria de TõeRoberto)
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- Ah, Yaolla Charlise, esta noite eu tive um sonho!
- E conheci você no meu sonho.
- Sentada, em paz, você contemplava o mar.
- E quando olhei você me olhou... e sorriu!
- Eu fiquei ali olhando... sonhando!
- Se eu soubesse, Yaolla, que era um sonho eu não teria acordado!
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(Fonte: Texto - Autoria de TõeRoberto)
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- Ah, Walcéia Celina, a todo instante falamos de amor!
- Amor de pais, de mães, de filhos, de amigos, animais... amor de homem/mulher.
- O amor, parece, é a meta uníssona das pessoas.
- Todos o procuram, todos o desejam, todos cantam os seus encantos... as suas mazelas.
- O amor é poderoso!
- Pena que ele seja um sentimento escorregadio, que age sorrateiramente pelas vielas do coração e nem sempre deixa na boca o doce - segundo dizem - mel da felicidade!
- Hoje, Walcéia, amanheci com a boca amarga!
- E vi o vulto do amor passar de relance pelo reflexo dos seus olhos no espelho do banheiro.
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(Fonte: Texto - Autoria de TõeRoberto)
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- Ah, Xaviena Anastácia, ontem bateu uma saudade danada dos tempos que não voltam mais!
- Daqueles tempos em que caminhávamos de mãos dadas todas as tardes dos nossos dias.
- E depois sentávamos no banco da praça pra ficar olhando a lua.
- E todos os dias, como se fosse a primeira vez, eu - sorrateiramente - lhe roubava um beijo.
- E você sorria e se aconchegava no meu ombro como se fosse, também, a primeira vez que era beijada.
- E, em silêncio, ficávamos ali, aquela lua enorme a nos olhar, como se o mundo se resumisse naquele banco de praça.
- Eu, Xaviena, era feliz e não sabia!
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(Fonte: Texto - Autoria de TõeRoberto)
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- Ah, Venícia Lena, conviver é uma arte!
- A arte da renúncia.
- Do falar.
- Do calar.
- Do escutar.
- Do agradar.
- Do dar-se.
- Do receber.
- Do respeitar.
- Con(você)viver, Venícia, foi a minha obra-prima... a obra definitiva!
- Sublimado e experimentado estou pronto para negociar a paz no Oriente Médio.
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(Fonte: Texto - Autoria de TõeRoberto)
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- Ah, Uária Geilza, estive pensando!
- Quando te conheci você não falava um nada, era uma mulher cordata.
- Eu não gostava disso!
- Queria você emitindo sua opinião sobre nós: sexo, dinheiro, relacionamento, lazer, amigos, consumo, viagens, filhos, cachorros, cidade... vida!
- Insisti! Insisti! Insisti!
- Até que me arrependi!
- Que merda é esta?
- De uma hora pra outra - do mar do nada - emergiu uma mulher furiosa, armada até os dentes, espumando o canto da boca, atirando farpas pra todos os lados... uma mulher sem acordo nenhum?
- Querendo o quê?
- Enfiar, Uária, minha cabeça abaixo 33 anos do seu silêncio absoluto?
- Do seu silêncio - agora sei - azedo e ensurdecedor?
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(Fonte: Texto - Autoria de TõeRoberto)
Post in Jampa/PB
- Ah, Tanieve Marlene, aquela melada de cueca/calcinha - a primeira - na parede do metrô da Sé foi foda!
- Aquela noite dividiu a minha vida em 2 épocas distintas: antes da melada da cueca/calcinha, depois da melada da cueca/calcinha.
- Não sei, alguma coisa mudou no meu conceito de tesão!
- Eu não tinha mais um pau!
- Naquela noite eu coloquei um vulcão incandescente - você - dentro da cueca.
- Eu era o fálico pico, você a fervente boca do nosso vulcão em chamas.
- E as nossas erupções intermináveis incendiaram as madrugadas insones de São Paulo.
- E nem os bombeiros, Tanieve, com suas máquinas possantes apagaram o fogo da nossa paixão incendiária!
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(Fonte: Texto - Autoria de TõeRoberto)
Post in Jampa/PB
- Ah, Sahila Fiona, todos os dias da minha vida são iguais!
- Enfadonhamente iguais!
- Segunda: te amar. Terça: te amar. Quarta: te amar. Quinta: te amar. Sexta: te amar. Sábado: te amar. Domingo: te amar. Segunda: te amar de novo. Terça: te...
- Conversar: sobre você!
- Beleza: você
- Inteligência: você!
- Sonhar: com você!
- Felicidade: você!
- Meu norte: você!
- Concordar: com você!
- Mas tem uma coisa com a qual eu não concordo com você até hoje: você ter ido embora de casa pra viver com Amácio Manoel!
- O que eu faço, Sahila, com o meu 'tudo é você'?
- Com o meu 'amor é você'?
- Com a minha 'vida é você'?
- Compro uma navalha Solingen e espero o amor transbordar?
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(Fonte: Texto - Autoria de TõeRoberto)
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