De você, amorequinho, quero distância.
10.510 km, no mínimo!
Sem recado, bilhete, tambor, sinal de fumaça...
Sem carta, telefone, e-mail, telegrama...
Sem twitter...
Sem lembrança...
Sem uma vergonhazinha de remorso no coração destrambelhado.
Que porra, amorzinho!
Você sempre com esta maniazinha de ser o único sol da minha... minha... sei lá! vidinha.
Você é tão...
É tão...
Você é tão caretinha!
Ô dorzinha chata é o amor, meu amor!
Cabeça, estômago, coração...
O dedão na boca.
Uma vontade danada de ficar encolhidinho.
Num cantinho escuro.
Viadinho!
Nem te olhei direito.
Não olhar direito bastou.
Afoitinho, o coração disparou.
Pimba!
UTI, 80 graus de febre.
E dois olhos verdes na portaria do paraíso.
Ainda em vida.
Ô sofrimentinho!
Te ver não me vendo pelo espelho retrovisor do carro naquela áspera manhã de abril.