O amor, o que quis de mim?
Um nada, apenas um pedacinho de um nada.
Um tiquinho de nada da alma.
Uma minúscula pena da minha asa.
E fiquei torto, meio que pendendo pro lado.
Como se carregasse um fardo... um lapso.
Na tristeza dos olhos da minha amada.
Um grão de areia no olho...
Foi a desculpa que ela deu na hora do não.
Mas eu vi, não era um grão de areia.
Era toda a areia da praia...
Do seu oceano de lágrimas.
A serem derramadas.
Não chore, meu bem!
O amor perdeu o ritmo.
Perdeu o tempo
Perdeu-se na vida.
O amor caiu no abismo do tédio.
O amor se foi.
Não deixou migalha.
Lágrima.
Nome.
Nem um risco.