Vou, Yashira, mandar construir - entre nós - um muro de concreto à prova de balas, à prova de ataques aéreos, à prova de demolição!
Você fica com o lado sul, eu fico com o lado norte.
Do meu lado vou construir casamatas, trincheiras e abrigos nucleares.
E acho que você, do seu lado, deveria fazer o mesmo.
Nossos verbos-mísseis são poderosos... traiçoeiros, ultrapassam barreiras e não têm hora pra serem lançados.
Resguarde-se das minhas pontiagudas palavras-brocas com as quais atacarei o nosso muro de concreto.
Eu me resguardarei das suas palavras-bombas tão certeiras... tão explosivas... tão mortais.
Mas pelo menos, Yashira, sobreviveremos a nós mesmos por um período mais longo.
Porque do jeito que as coisas vão, somos amores terminais.
O Muro da Vergonha se foi!
Restará ao mundo demolir a prova da nossa hostilidade.
Da nossa inconseqüência patológica.
E abrir o coração da América para relacionamentos mais saudáveis.
Entre os homens e as mulheres.
Entre todos!
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(Fonte: Texto - Autoria de Tõeroberto)
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