Eu, Zolane, preciso dar um tempo pra minha vida.
Tô precisando olhar-me no espelho e dizer o meu nome.
Lembrar quem eu sou.
Lembrar que um dia já tive asas.
E sobrevoava a imensidão da minha liberdade sem fim.
Do meu querer sem fronteiras.
Do meu ser sem barreiras.
Vou sair por aquela porta e vou acelerar o meu coração.
Tirar os pesos da minha alma.
Calçar os meus sapatos de plumas.
E vou por aí.
À procura de algo que todo mundo quer, mas não sabe o que é.
Talvez o tempo perdido... aquele que não volta mais.
Ou apenas uma brisa no rosto, na manhã que se anuncia...
No arrebol avermelhado do horizonte longínquo.
Que queima no fundo dos meus olhos tímidos.
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(Fonte: Texto - Autoria de TõeRoberto)
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