Eu disse a ela:
Amor, o meu amor é assim mesmo.
Grandes braços, alma, coração, chave de todas as cadeias.
E ela:
Para que tudo tão grande?
Onde estão as cadeias?
Sou tão sua pele, seus pelos.
O que preciso?
Um arrepio de vez em quando, um triscar dos seus dedos.
O resto é pele na pele.
É simbiose de desejos.
E ponto.
Olhei para ela, pensei...
Melhor, não pensei.
Introspectei-me, dei uma torcida na alma, um aperto no coração...
E a beijei.
Na pele, a pele estremeceu...
E a pele, com a pele, se entendeu.
TõeRoberto