Hoje em dia quanto me custaria um amor sem compromisso, comprometido apenas em amar?
Quanto me custaria um amor sem vínculos?
Um amor sem promessas?
Um amor sem relação para discutir?
Quanto me custaria um amor que só amasse?
Um amor impoluto, casto, como o frescor de uma manhã de chuva num dia de primavera.
Quanto me custaria um amor sem correntes?
Um amor que tivesse asas e me desse asas.
Quanto me custaria um amor desses?
Apenas um sorriso?
Um levíssimo abrir e fechar de pálpebras?
Uma tarde fria e preguiçosa?
Ou uma simbiose humana?
Eu disse a ela:
Me dê um motivo pra eu te amar.
Ela:
Você é o meu pássaro fora da gaiola!
Eu:
Com asas ou sem asas?
Ela ficou em silêncio.
Olhei pra ela, bati as minhas asas, levantei voo...
E voei pela livre imensidão do céu azul.
E senti no rosto a liberdade de quem sabe brincar de amar.
Ela?
Deu com as mãos...
E apenas chorou.
As ressacas das grandes noitadas de amor são deliciosas.
Acordo com asas no lugar dos braços.
Leve, sereno, disponível para o bom humor... a sensibilidade.
Um banhinho quente, um cafezinho preto, uma última olhada no amor que dorme envolvida pela sua própria luminosidade.
Um segundinho de contemplação... um sorrisinho maroto nos lábios.
O amor é mágico, quebra a rotina, me faz mais diligente, mais organizado para as responsabilidades diárias.
O amor me coloca no mundo, pronto para enfrentá-lo.
E saio pra rua...
Que dia!
Que estado de espírito!
Que sensação de liberdade!
Ô amor!!!
Uma coisa fria, Poama, agarrou-se à minha alma!
Um troço triste!
Gelado!
Não pude acreditar!
Um olhar!
Um único olhar seu!
Congelou meu coração.
As duas asas da alma.
A minha paixão perfeita.
O meu amor singular.
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TõeRoberto-post in jampa/pb
Eu, Odelowa, carrego uma tristeza comigo!
Sinto que sou um aleijado de afetos.
Faltam-me as clarezas e os arrepios.
Sou um homem despido de emoções.
Não amo, não tenho piedade nem compaixão.
Eu te olho e vejo um pedaço de carne.
Por sinal, nada apetitoso.
Nada pessoal!
Também não tenho nenhum tipo de piedade para comigo.
Me privo dos sorrisos, dos amanheceres, dos pores-do-sol, da intimidade de um afago.
Eu sou um homem amorfo!
E já comprei o veneno que vai me dar as asas.
E decência!...
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TõeRoberto-05:02-post in jampa/pb
Um amigo, Aldamisa, me disse:
Você é um babaca!
Precisa parar de dar asas para as mulheres.
Mulher é um poço sem fundo!
Você dá o pé, ela quer a mão.
Dá um sorriso, ela quer uma gargalhada.
Dá um centavo, ela quer um milhão.
Dá um amor, ela quer uma paixão.
Parei... pensei!
Refleti... ponderei!
E não consegui me lembrar em que momento da minha vida eu me tornei você.
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(Fonte: Texto - Autoria de TõeRoberto)
Post in Jampa/PB
Eu, Zolane, preciso dar um tempo pra minha vida.
Tô precisando olhar-me no espelho e dizer o meu nome.
Lembrar quem eu sou.
Lembrar que um dia já tive asas.
E sobrevoava a imensidão da minha liberdade sem fim.
Do meu querer sem fronteiras.
Do meu ser sem barreiras.
Vou sair por aquela porta e vou acelerar o meu coração.
Tirar os pesos da minha alma.
Calçar os meus sapatos de plumas.
E vou por aí.
À procura de algo que todo mundo quer, mas não sabe o que é.
Talvez o tempo perdido... aquele que não volta mais.
Ou apenas uma brisa no rosto, na manhã que se anuncia...
No arrebol avermelhado do horizonte longínquo.
Que queima no fundo dos meus olhos tímidos.
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(Fonte: Texto - Autoria de TõeRoberto)
Post in Jampa/PB
- Ah, Ranélcia Lia, um dia ninguém será de ninguém!
- E os psiquiatras, os psicólogos, as cartomantes e os fabricantes de antidepressivos fecharão as suas portas.
- A sua plumagem, hoje desbotada, ganhará novas cores.
- Os seus olhos terão o brilho da sua alma plena.
- Os seus braços e as suas pernas serão asas.
- A sua liberdade iminente.
- E eu, Ranélcia, sonho por você, e mais: estarei no nosso ninho de amor, à sua espera, por anos e anos se preciso for!
- As aves, Ranélcia, por mais livres que sejam, não voltam ao ninho... sempre?
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(Fonte: Texto - Autoria de TõeRoberto)
Post in Jampa/PB
- Ah, Elizaltina Gernásia, eu queria ter asas para voar com você pelo mundo!
- Queria entender a sua leveza.
- O seu contínuo renascer.
- A sua beleza de ave.
- O seu brilho de ser superior.
- Ah, Elizaltina, pássaros com a sua plumagem fazem a vida amanhecer em paz!
- Fazem, Elizaltina, o meu coração adormecido acordar a cada manhã dessa vida!
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(Fonte: Texto - Autoria de Tõeroberto)
Post in João Pessoa/PB