A cada manhã, Xonha, meu coração está mais azedo!
Um gosto de tristeza na boca.
Dez minutos pra escovar os dentes.
Fazer uma autocrítica.
E me mostrar o dedo do meio.
Um banho!
Um apertozinho doído na alma.
O café da manhã.
A sua cadeira vazia.
A solidão bruta dos abandonados.
Uma vontade danada de fechar a casa, ligar o gás e acender o cigarro.
Só vontade!
Sou frouxo demais pra isso!
Corno demais pra isso!
Prefiro ficar com o sofrimento dos tolos.
Com ele eu me alimento de você.
E bebo de você!
E respiro você!
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