Tanta coisa a dizer, e ela, surda, contemplava as estrelas dos seus olhos no espelho dos meus olhos apaixonados.
A intrínseca tarde era só um detalhe no momento da minha extasiante perplexidade.
TõeRoberto
Houve um tempo, Xânila, em que eu olhava os seus olhos e os confundia com as estrelas.
Ouvia a sua voz e pensava no pássaro da felicidade.
Pronunciava o seu nome e me aproximava de Deus.
Houve um tempo...
Em que você morava no meu coração
E, juntos, criávamos borboletas, beija-flores e arco-íris.
E os Jardins da Babilônia eram tudo o que eu enxergava.... com você, Amitis, se banhando nas suas águas cristalinas.
Houve um tempo...
Em que eu/você, nós, éramos felizes.
Em que eu&você éramos nós.
Houve um tempo... há muito tempo atrás!
Que se foi.
Escorreu lentamente de nós.
E se esvaiu no tempo.
Inexorável!
(...)
Mas houve um tempo...
.
(Fonte: Texto - Autoria de Tõeroberto)
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Fernando Pessoa, no poema "Tenho Dó Das Estrelas", diz:
"Tenho dó das estrelas
Luzindo há tanto tempo,
Há tanto tempo...
Tenho dó delas.
Não haverá um cansaço
Das coisas
De todas as coisas,
Como das pernas, ou de um braço?"
Parodiando:
Tenho dó de nós dois
Amando há tanto tempo,
Há tanto tempo...
Tenho dó de nós dois.
Não haverá um cansaço
Do amor
De todos os amores,
Como do meu, ou do seu?
Confesso: lembrei-me do poema porque amanheci cansado... muito cansado!
E não vejo a hora de a noite chegar pra eu cair no sono.
E esquecer, Kuyra, como o amor, às vezes, é enfadonhamente intransigente!
E chato!!!
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(Fonte: Texto - Autoria de TõeRoberto)
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- Ah, Nardilla Paula, chega de conversa fiada!
- Hoje não tem batalha e pronto!
- Levante a bandeira branca... eu já levantei a minha!
- E vamos, Nardilla, sair de mãos dadas, sentar no banco da praça e ficar um minutinho, que seja, em paz!
- A contar estrelas e a enfeitar a lua com adjetivos.
- E quem sabe, com sorte, pode pintar um beijo na boca.
- Duas palavrinhas de carinho!
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(Fonte: Texto - Autoria de TõeRoberto)
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