Que coisa é o amor, meu amor!
1 momento de delicadeza, 1 eternidade de lirismo.
1 segundo de indiferença, 2 eternidades de carências.
1 pedacinho de carinho, 3 eternidades de certezas.
1 dedinho de distância, 4 eternidades de ciúmes.
Até aí tudo bem!
Mas nunca - nunca mesmo! - fique magoada, meu amor!
A mágoa faz mal pra pele.
Altera o trato urinário.
Faz comer de mais... ou de menos.
Te deixa feia por dentro.
Te aniquila.
E o pior:
Não tem cura.
E com amor ou sem amor dói a vida inteira.
Você que estava aqui há uma eternidade atrás, onde está agora?
Na ponta da estrela luminosa?
No lado escuro da lua?
No rabo do cometa?
Na Via Láctea?
Na incerteza cruel dos que dizem não?
Na estrada sem retorno dos que se vão?
Onde está você agora, amor que se foi?
No mundo ou na alma do meu atormentado coração?
Completei hoje o ciclo do meu 33º amor.
Não me senti pleno, o Deus das experiências amorosas.
Pelo contrário:
Me senti vazio, fútil, angustiado... um anjo decadente.
Enfiei 13 uísques garganta abaixo e jurei:
Nunca jamais o 34º, o 35º, o 36º amor.
Só o 37º, que é o amor perfeito.
Que vai me fazer acreditar que posso ser feliz.
E será eterno... enquanto durar!