Ela jura que eu fiz.
Eu juro que não fiz.
Ela jura que eu fiz.
Eu juro que não fiz.
Ela...
Meu maior erro?
Foi não fazer.
TõeRoberto
Ela nunca entendeu a extensão do meu amor sem amarras.
Me deixou porque tinha muita liberdade para ser feliz.
Não entendia amor sem ciúmes.
Amor sem posse.
Amor sem ranhuras.
Amor sem não.
Ela não entendia de amor.
Era só uma mulher perdida nos estigmas do seu coração.
TõeRoberto
Não teve jeito.
Eu não pude amar aquela mulher.
Era areia demais pro meu caminhãozinho.
Sofri.
Dei de fumar, de beber, não dormir.
E passei a amá-la todas as noites do resto da minha vida na solidão do meu banheiro.
Ela foi ficando tão abstrata, que jamais envelheceu...
E nunca morreu.
Nem quando o amor me enlouqueceu.
TõeRoberto
Das duas, uma:
Ou ela, ou você.
Pensando bem... ela!
Você?
Já era!
De resto?
Haja merda!
4
Amigos?
Só pra tirar sarro!
Como um amigo pode organizar sarcasticamente uma despedida de solteiro para um infeliz/feliz que está indo pro quarto casamento?
Pode?
Não pode, mas fizeram.
Uma gostosa saindo de dentro de uma caixa.
Um strip-tease animal.
Peitos esfregando na minha cara.
Bebida pra nunca mais se esquecer.
Tudo nos conformes, mas uma sacanagem: rasparam os meus pentelhos.
E a noite se foi.
Um sujeito extremamente feliz deixando de ser solteiro pela quarta vez.
Mas feliz que um poodle quando o dono chega em casa.
Com um só nome na cabeça: Maria Luiza.
E quem quer ser solteiro com essa mulher no mundo?
Numa boa, meu amigo, que ela é minha!
De fêmea, Marinha, entendo tudo!
De mulher, nada!
O que faço com você que é fêmea e é mulher e só entendo a sua metade?
Te divido em duas?
E vivo duas vidas?
Não seja ridícula, Nevinha!
Se matar por minha causa?
Deixe de ser besta, mulher!
O mundo tá cheio de macho.
O que anda em falta é homem.
Eu, particularmente, não sei como mulher aguenta, Sinésia!
Anos e anos de casada!
Anos e anos ali respeitando a legislação machista que diz que a mulher deve servir ao marido.
Com a perna aberta:
Fuc! Fuc! Fuc!
Ai! Ai! Ai!
Silêncio.
Bunda pra lá, bunda pra cá.
Ronco.
Outro dia.
Perna aberta:
Fuc! Fuc! Fuc!
Dá dó!
O troço é cruel.
Pra todo mundo!
Pras mulheres mais.
Homem enfia o pau em qualquer buraco.
Mulher, antes de tudo, quer se sentir amada, respeitada... desejada!
Fudeu!
Anos de casamento levam isso pro buraco.
O amor continua.
A libido...
E:
Fuc! Fuc! Fuc!
A vida se esvai.
Na frieza da falsidade dos ais!
.
TõeRoberto
Eu poderia, Genilza, ficar aqui a noite toda te olhando... mas não posso!
Cacete!
Você é a M U L H E R!
E bota M U L H E R nisso!
Não tem jeito!
Tá decidido!
Você vai ser a mãe dos meus filhos.
De todos os 5 que eu pretendo ter.
E estou com certa urgência.
Então vai tirando a calcinha e encostando aqui.
Que o Júnior não vê a hora de nascer.
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(Fonte: Texto - Autoria de TõeRoberto)
Post in Monteiro/PB
Só uma coisa, Quilma, me entristece!
Ser xucro feito uma mula nos assuntos do amor.
Empacado, lerdo... babaca!
Eu só queria olhar nos seus olhos e dizer: porra, mulher, você é o máximo!
Linda, generosa, chique... a voz do meu coração!
Mas não!
Nem bilhete, nem e-mail... nem sinal de fumaça.
Nem um arrepio!
E, aos poucos, você vai escorrendo pelos vãos dos meus dedos.
E eu continuo na idade da pedra dos sentimentos.
Sentado sobre a estupidez da minha educação de macho.
Cagando de medo de lhe perder!
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(Fonte: Texto - Autoria de TõeRoberto)
Post in Jampa/PB
- Ah, Kualina Lésia, eu queria tanto que você se libertasse da sua condição de mulher!
- Mas, porra, como é difícil!
- O mundo inteiro tá querendo matar o patriarcado/machismo e você, vítima numerada na testa, o defende com o fio das suas garras.
- Não sei mais o que fazer!
- Acho que vou decretar: você, Kualina - minha companheira - está livre!
- Você é uma mulher livre, não de mim que nunca fui seu dono, mas da sua subserviência aos padrões masculinos.
- (...)
- Não, Kualina, eu não bebi!
- Nem estou doido!
- Nem deixei de lhe amar!
- E, por favor, não precisa se matar!
- (...)
- Tudo bem, volte pra sua cela!
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(Fonte: Texto - Autoria de TõeRoberto)
Post in Jampa/PB