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Enfio a chave na fechadura, a porta se abre.
Maria Luiza entra.
O sol ilumina a sala, os cabelos de Maria Luiza.
Entro... com o pé direito, bato na madeira da mesa 3 vezes.
Um abraço em Maria Luiza.
Silêncio!
A casa, branda, calma...
A cabeça voa, penso nas outras: Maria Júlia, Ane Gabriele e Ingrid Beatriz.
Um pequeno incômodo... uma agoniazinha.
Maria Luiza sorri.
Esqueço tudo, a essência é outra.
O momento é outro.
Eu sou outro.
O amor não tem fronteiras... é todo o mundo.
É Maria Luiza!
Nada no mundo, Nezinha, se compara ao dia em que te conheci.
Mas nada no mundo, Nezinha - nada mesmo - se compara ao dia em que perdi.
No primeiro, eu saí do buraco.
No segundo, voltei pro buraco.
E de lá nunca mais saí.
Lascívia Pauletti me disse ontem, Gauzélia, que eu sou um homem muito chato!
Homem, não!
Usou sujeito.
Que mesmo que eu fosse o último sujeito do mundo, ela não daria pra mim.
E que tinha dó de você.
Caralho, fiquei chateado!
Sempre achei que abafava com Lascívia Pauletti.
E esta agora?
Mas quer saber?
Não quero saber o que você pensa de mim.
Deixa quieto!
E, ademais, aprendi desde criança que quem desdenha quer comprar.
Tenho certeza que é isto!
Porque, porra, eu sou um sujeito legal pra caralho!
Sujeito, não!
Homem!
Não sou?
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TõeRoberto-post in férias por aí/br
Ah, Xarrira Cylene, os olhos são o reflexo da alma!
Tristeza, alegria, paz... euforia!
Por eles eu entro no seu mundo.
E viajo pela sua vida.
E sofro, e fico feliz, e amo... e odeio!
E, às vezes, cego!
E não consigo enxergar a profundidade do abismo existencial que existe entre mim e você.
E quero que sejamos unos, uníssonos... simbiose pura!
E somos apenas essências que não se misturam.
Olhares que se cruzam ao cair da tarde.
Reflexos da humana solidão na nudez das nossas almas.
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(Fonte: Texto - Autoria de TõeRoberto)
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- Ah, Querêndia Benê, seu nome não está escrito nas estrelas!
- Nem em todos os livros do mundo.
- Nem na minha testa,
- Seu nome é névoa!
- E jaz, Querêndia, na luz da manhã que nasce!
- Na traquinagem de um raiozinho de sol.
- No ar.
- Na promessa do seu eterno regresso.
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(Fonte: Texto - Autoria de TõeRoberto
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