Terça-feira, 1 de Dezembro de 2009
Maria Júlia, a primeira

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Maria Júlia, a primeira, chegou fazendo barulho.
Muito barulho!
Meu coração juvenil se abriu como uma avenida enfeitada, pronta para ser o palco de uma festa monumental.
Fogos de artifício, trombetas, buzinaços, danças sensuais, arrepios... promessas de dias maravilhosos.
Sua cabeleira loira me cegou, seus olhos verdes me ensinaram o balanço do mar, seus lábios carnudos me levaram ao êxtase, me colocaram na fronteira entre o divino e o profano.
Fizeram-me repensar a minha solidão, o meu eterno achar que o amor é assunto de tolos.
E embarquei com a roupa do corpo, com a esperança no rosto, com a certeza absoluta que a paixão é indestrutível... a paixão é o ar que se respira.
Risos, grandes noitadas, a completa dependência do amor que se anunciava.
Promessas de convivência eterna, noivado, despedida de solteiro, casamento, lua de mel... o primeiro dia do definitivo amor da minha vida.
O primeiro café da manhã.
A primeira manhã maravilhosa de todas as eternas manhãs que se anunciavam.
Maria Júlia, a linda!
A mulher da minha vida...
(...)
Maria Luiza, nuazinha, lindinha, sinaliza o tapete da sala... deita-se.
A enorme cabeleira loira de Maria Júlia cobre o seu rosto, seus seios, a sensualidade do meio das suas pernas.
Maria Júlia é um fantasma lindo e audacioso.
Não sei com quem farei amor essa noite.
Meu coração balança.
Maria Luiza/Júlia me abraça, o amor a três é...
Só desejo que a noite seja eterna.



Publicado por Antonio Medeiro às 22:12
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Quarta-feira, 5 de Novembro de 2008
KLEUMIRA HELOÍSA

Tudo, Kleumira, começou naquele mês de janeiro!

Lembro-me!

Os trovões retumbavam ao longe e o clarão avermelhado da tarde tingia de sangue as montanhas distantes.

Você estava lá, à minha frente, cobrindo com seus cabelos esvoaçados a visão do horizonte.

Um ser iluminado!

Absorta e distante da vida, viajando pelo vale do encantamento.

E vi quando você se virou.

E o balanço lento dos seios pequeninos me pegou de surpresa.

E eu não pude resistir!

Imediatamente o mundo girou na minha cabeça.

E a orquestra sinfônica do instinto executou no meu coração a música da minha iniciação.

O amor se apoderou de mim com tal força  e amplidão que eu choraminguei, em silêncio, a sua ausência no meu passado.

E uivei como um cão para a noite que se aproximava.

E peguei na sua mão.

E o amor se consumou em todos os seus detalhes.

O tempo passou.

E passou...

E aqui estou, hoje, lhe observando.

Os janeiros das nossas vidas não lhe corromperam.

Iluminada você continua.

Ainda viajando pelo vale do encantamento.

Com os cabelos esvoaçados.

Com o balanço lento dos seios pequeninos me surpreendendo a cada dia que passa.

(...)

E eu nunca mais deixei de uivar!

Amor da minha vida!
.
(Fonte: Texto - Autoria de TõeRoberto)
Post in Jampa/PB


Música: She - Charles Aznavour

Publicado por Antonio Medeiro às 08:09
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Domingo, 31 de Agosto de 2008
WUAIRA CÉCILE

- Ah, Wuaira Cécile, quando te vi naquele vestido vermelho fiquei tonto!

- Tonto no sentido mais amplo da palavra: zonzo, aturdido, estonteado, atordoado, azoinado, zoina, idiota, aloucado... embriagado!

- Tomei logo 2 cachaças duplas e fiquei te olhando atravessar a rua.

- Falei alto, pra todo mundo escutar: aquela mulher já foi minha!

- Os olhos, o nariz, a boca, a língua, os seios, o coração, as mãos, o umbigo, as coxas, a bonitinha, a bundinha, o bonitinho, as pernas, os pezinhos... tudo meu!

- E continuei: me alimentei do desejo daquela boca, deslizei a língua naquela língua, me afoguei nas lágrimas daqueles olhos, chafurdei no meio daquelas pernas, me acabei na loucura daquela bundinha... me queimei no fogo daquele vulcão.

- E tomei mais 2 cachaças duplas.

- E me silenciei quando você dobrou a esquina.

- E mais 2 cachaças duplas.

- E, na minha cabeça, Wuaira, o vestido vermelho machucava as lembranças, vermelhava o pensamento.

- Pedi mais 2 cachaças e segredei ao garçom a necessidade de uma dose de veneno.

- E engoli as cachaças a seco, sem respirar.

- E a sua imagem se diluiu na névoa da minha apaixonada embriaguez.
.
(Fonte: Texto - Autoria de TõeRoberto)
Post in Jampa/PB



Publicado por Antonio Medeiro às 03:43
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Quinta-feira, 13 de Março de 2008
LICÍLIA ALBERTA

- Ah, Licília Alberta, esta noite quando olhei pra você - dormindo - tive certeza de uma coisa: o tempo é um monstro que devora a juventude e a beleza!

- Te olhei, revirei os seus cabelos, olhei a sua boca, o seu rosto, os seus seios e vi os sinais ferozes dos últimos 20 anos.

- Corri para o espelho e levei o maior susto da minha vida: dei de cara com um estranho - um sujeito que eu não conheço me olhava com um ar triste e preocupado.

- Eu, na madrugada, com dois estranhos dentro de casa: um na cama e outro no espelho, teimando em me olhar nos olhos.

- Triste, Licília, muito triste o dia que descobrimos que o tempo passou!

- Talvez, agora, 02 estranhos que somos, possamos sair em busca do tempo perdido e reviver, com fúria, o grande amor da nossa juventude envelhecida!
.
(Fonte: Texto - Autoria de TõeRoberto)
Post in João Pessoa/PB



Publicado por Antonio Medeiro às 05:40
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Sexta-feira, 1 de Fevereiro de 2008
XANACLÉSIA THEREZINHA

 

- Ah, Xanaclésia Therezinha,
 contigo suspirei lentas suspeitas
 defini o escuro tato dos anseios
 construí o cata-vento dos sentidos
 e ouvi Carlos Gardel com meus receios.


 Murmurei um mel de sonhos nos meus dedos
 deslizei correta forma nos teus seios
 adormeci cantando sopros de desejos,
 bebendo gim no doce poço dos teus pêlos.

- Ah, Xanaclésia, o que mais posso dizer?

- Que você, Xanaclésia, é a minha fonte de vida?
.
(Fonte: Texto - Autoria de TõeRoberto)
Post in João Pessoa/PB

 



Publicado por Antonio Medeiro às 06:25
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Quinta-feira, 31 de Janeiro de 2008
NAZARENA SOPHIA

- Ah, Nazarena Sofia, se eu te der um beijo na boca, você diz que me ama?

- Se eu te der um abraço apertado, você fica comigo?

- Se eu acariciar os teus seios, você me chama de amor?

- Se eu disser que te amo, você deita comigo?

- Ah, Nazarena, se eu buscar uma estrela - a mais brilhante do céu - e colocar no teu dedo, você se casa comigo?

- E se eu tomar este copo de veneno, você me leva a sério?
.
(Fonte: Texto - Autoria de TõeRoberto)
Post in João Pessoa/PB



Publicado por Antonio Medeiro às 08:32
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Amor de fato é pássaro, não carrapato.
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