- Ah, Deusarina Judith, ainda vou escrever um poema pra você!
- Mas não um poema qualquer, um poema singular.
- Eu quero um poema plural, um poema infinitamente maior que qualquer poema escrito.
- Um poema ímpar!
- Um poema onde as palavras não existem, e sua beleza está em não dizê-lo.
- Quero, Deusarina, colocá-la no centro da sua leveza e, em assim sendo, cada vez que eu não pronunciá-lo seu rosto emergirá do silêncio dos versos e se fará, por si só, na metáfora viva do meu intrínseco poema seu.
- E ele escorrerá cristalino na mansa lágrima dos seus olhos amanhecidos.
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(Fonte: Texto - Autoria de TõeRoberto)
(Post in João Pessoa/PB)